As Cidades são lugares de trocas, não só trocas de mercadorias, do excedente da produção, mas também trocas de valores simbólicos.
Existem várias formas de analisar a Cidade, procuro olhar pelo viés da troca de memórias, de desejos, de recordações.
Interpretar a Cidade pelo olhar poético de quem nela vive, passeando por labirintos de interpretações, de imaginações, sensações e conhecimentos.
Longe de me colocar sobre um olhar do modernismo, fascinado com as mudanças bruscas ocorridas com a industrialização nas Cidades, me vejo como um flâneur de Baudelaire, nas memórias mais profundas, procuro imagens das Cidades em que passei momentos da minha vida, tal como o caminhante sem destino, atento a tudo que passa e perdido em meio a tantos fatos e ocorrências, um passeio enamorado pelas Cidades que de muitas formas me marcaram e me penetraram com suas paisagens, gostos e cheiros.
Esse caminhar leva a um questionamento, estarei eu criando uma Cidade só minha?
Longe de me colocar sobre um olhar do modernismo, fascinado com as mudanças bruscas ocorridas com a industrialização nas Cidades, me vejo como um flâneur de Baudelaire, nas memórias mais profundas, procuro imagens das Cidades em que passei momentos da minha vida, tal como o caminhante sem destino, atento a tudo que passa e perdido em meio a tantos fatos e ocorrências, um passeio enamorado pelas Cidades que de muitas formas me marcaram e me penetraram com suas paisagens, gostos e cheiros.
Esse caminhar leva a um questionamento, estarei eu criando uma Cidade só minha?
Um Lugar em que só eu vi?
E que só em mim ele se refletiu?
Um espelho de mim?
A Cidade seria esta relação ambígua, objeto de nossa percepção, fazendo parte da existência humana e nela definindo sua história e imagem.
Como conhecer as cidades em suas intimidades ? Eu sou de opinião que uma cidade deve ser conhecida a pé. Também sou contra a diária com café da manhã dos hotéis. Conhecer uma cidade é andar pelas suas calçadas e ver os detalhes mas também é ver como as pessoas e como elas vivem o seu dia-a-dia. As armadilhas para turistas são iguais em todo canto mas o cotidiano de cada cidade é tão peculiar e único ! A cidade afeta o viver das pessoas e vice-versa. Dá para ver a marca do caminho num jardim de um parque porque as pessoas atalham no ir e vir de/para seus lugares de casa e trabalho ou escola ou seja lá o que for. A pé dá para ver como as pessoas usam a sua cidade, como se comportam. As pessoas dão vida a cidade assim como sangue dá vida ao corpo. Elas circulam pelas ruas, vielas, sistemas de transporte público. Levam e trazem suas experiências e nesse momento afetam a nossa visão sobre como a cidade funciona. O mais legal é ver como a arquitetura bola as soluções dinãmicas para esse fluxo. As coisas mudam, bairros se tornam pólos de atração ou dispersão das pessoas, tipos de pessoas diferentes ocupam espaços diferentes na cidade e os modificam de acordo com suas vivências e influências. O bom mesmo é ver essa mutação, sinal da vida da cidade.
ResponderExcluirElke, gostei de ver que não entendes a profissão como técnica. Tua visão sociológica e filosófica, questionadora e humanitária é o que muitos profissionais tradicionais precisam aprender.
ResponderExcluirParabéns pelo blog, espero muitos posts :). Mesmo não sendo "da área", vou acompanhar.