terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Arquitetura Sustentável


Temos utilizado a palavra Sustentabilidade de maneira comum e por vezes sem sentido.

O conceito de desenvolvimento sustentável vem sido discutido há décadas, quando tomamos consciência que a natureza de recursos “intermináveis” não era tão infinita assim.

A retirada desses recursos naturais está cada vez mais acelerada, não tem dado tempo para a regeneração e compensação do material tirado, deixando, para as gerações seguintes, suas seqüelas.

A revolução industrial teve sua participação neste processo, a produção artesanal, que atendia a demanda da sociedade no passado, passou para produção em massa em escala industrial.
A necessidade de reposição de matéria prima se tornou voraz, numa velocidade assustadora e a mudança no comportamento humano que passou a “necessitar” de mais bens de consumo, deu uma alavancada no processo construtivo industrial.
O consumismo do sistema capitalista provocou uma demanda na produção de bens nunca antes visto.
Na construção civil temos o impacto causado com o aumento populacional urbano e a carência de unidades habitacionais, provocado por uma nova forma de viver urbana com novos serviços e nova demanda.
O método construtivo para atender essa necessidade priorizava a relação economia do custo construtivo e a velocidade de entrega da unidade.
Tivemos assim exemplos de assentamentos habitacionais de variáveis padrões. Todos se justiçavam por um aproveitamento máximo da área do terreno e dimensões mínimas necessárias para seu uso.
Conceitos como: uso de energia, consumo de água, ventilação, insolação eram por vezes deixados em segundo plano. Para que se preocupar com isso se tinha a nossa disposição a energia elétrica, equipamentos de refrigeração, água encanada ( e nossos rios e mares como esgotos públicos) , etc.

Um comentário:

  1. Quem não conhece a história está condenado a repetí-la. Várias sociedades humanas abusaram do meio ambiente de diversas formas e pagaram preços altíssimos por isso. A necessidade de consciência sócio-ambiental é anterior ao fenômeno da expansão do capitalismo. Desastres ambientais já aconteçaram antes mas por motivo deliberado ou não, a humanidade ignora os clamores da natureza e insiste em abusar dos recursos naturais e da capacidade de absorção dos resíduos (no sentido mais amplo) do aglomerado humano.
    Alguém já se preocupou se o planeta continuará sendo capaz de suportar a vida após tanto abuso por parte do "cerumano". O planeta é mais forte do que o abuso e vida vai prevalecer a longo prazo. O problema é que talvez o conjunto das formas de vida capazes de viver no planeta depredado não contenha a forma humana.
    Assim, a preocupação com o impacto ambiental de todas as atividades humanas em geral e da moradia e urbanidade em particular é extremamente saudável. Se balisarmos a extraordinária capacidade do "cerumano" de modificar a paisagem/geografia/ambiente a seu redor com os princípios da preocupação ambiental, talvez tenhamos uma chance de viver um pouco mais do que um segundo na escala do calendário da vida nesse planetinha.

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