sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Das Expressões Arquitetônicas


Os Gregos deram aos mestres de obras o nome de "Arkhtékton" arquicriador.

Consideravam a Arquitetura como a mãe das artes plásticas e que as outras artes eram desenvolvidas através dela.

A construção satisfaz a necessidade básica da sociedade, a segurança, mas se revela nas necessidades espírito e da alma humana.

Temos nas Pirâmides dos Faraós Egípcios isso refletido, "vida além vida".

A Consciência da eternidade na morte é um elemento principal da cultura egípcia.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Arquitetura Dinâmica de David Fisher




Rotating Tower (Dubai) _ David Fisher

O arquiteto David Fisher graduado pela faculdade de Arquitetura em Florença passou grande parte de sua vida na pesquisa de casas introduzidas na natureza e na redefinição dos extremos técnicos e tecnológicos dos edifícios.
Com experiência em restauração de monumentos antigos, projetos de edifícios públicos e hotéis, envolveu-se em projetos de tecnologia e construção, dentre eles o sistema “Smart Bathroom por Leonardo da Vinci” um sistema completo para banheiros em casas pré-montadas e hotéis.
A mistura de experiências de David Fisher o levou a revolucionar as técnicas tradicionais de construção civil. Aproximou a construção industrial, que envolve a utilização de unidades pré-fabricadas, e a arquitetura dinâmica, onde o 3D encontra uma quarta dimensão: o tempo.
Sua formação em Florença, cidade da arte que se antecipou em muitas invenções que mudaram o mundo na ciência e tecnologia o fez ter uma visão especial da arquitetura, ele considera que dar movimento aos edifícios vem como uma resposta “filosófica” à vida em constante mudança.
“O tempo é a dimensão mais importante da vida porque está extremamente ligada à relatividade” diz Fisher.

A proposta do Rotating Tower é produzir a sua própria energia captando recursos da natureza. Pode gerar electricidade através de turbinas eólicas dispostas horizontalmente entre os andares que produzirão energia suficiente para as necessidade do edifício e a energia verde excedente podem fornecer à vizinhança. As turbinas feitas em fibra de carbono serão extremamente silenciosas (em fase de estudo).
No teto de cada pavimento giratório serão instaldos sistemas de captação por células foto voltaicas, que se potencializarão utilizando o sistema de rotação, as células foto voltaica podem alcançar a exposição máxima à luz do sol. o ar condicionado será ativado através de convertores solares.
O uso de materiais naturais como cerâmica, vidro, madeira, mármore, serão usados para os acabamentos interiores respeitando os limites de sustentabilidade impostos por cada material. Será adotado a coleta seletiva de lixo para a reciclagem.
Os edifícios produzidos no metodo industrial permitirão economizar energia, reduzindo o tempo de construção e custos.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Minhas Cidades









As Cidades são lugares de trocas, não só trocas de mercadorias, do excedente da produção, mas também trocas de valores simbólicos.
Existem várias formas de analisar a Cidade, procuro olhar pelo viés da troca de memórias, de desejos, de recordações.
Interpretar a Cidade pelo olhar poético de quem nela vive, passeando por labirintos de interpretações, de imaginações, sensações e conhecimentos.
Longe de me colocar sobre um olhar do modernismo, fascinado com as mudanças bruscas ocorridas com a industrialização nas Cidades, me vejo como um flâneur de Baudelaire, nas memórias mais profundas, procuro imagens das Cidades em que passei momentos da minha vida, tal como o caminhante sem destino, atento a tudo que passa e perdido em meio a tantos fatos e ocorrências, um passeio enamorado pelas Cidades que de muitas formas me marcaram e me penetraram com suas paisagens, gostos e cheiros.
Esse caminhar leva a um questionamento, estarei eu criando uma Cidade só minha?
Um Lugar em que só eu vi?
E que só em mim ele se refletiu?
Um espelho de mim?
A Cidade seria esta relação ambígua, objeto de nossa percepção, fazendo parte da existência humana e nela definindo sua história e imagem.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Quem Sobreviverá? por João Eurico




Quem não conhece a história está condenado a repetí-la.
Várias sociedades humanas abusaram do meio ambiente de diversas formas e pagaram preços altíssimos por isso.
A necessidade de consciência sócio-ambiental é anterior ao fenômeno da expansão do capitalismo.
Desastres ambientais já aconteçaram antes mas por motivo deliberado ou não, a humanidade ignora os clamores da natureza e insiste em abusar dos recursos naturais e da capacidade de absorção dos resíduos (no sentido mais amplo) do aglomerado humano.
Alguém já se preocupou se o planeta continuará sendo capaz de suportar a vida após tanto abuso por parte do "cerumano".
O planeta é mais forte do que o abuso e vida vai prevalecer a longo prazo.
O problema é que talvez o conjunto das formas de vida capazes de viver no planeta depredado não contenha a forma humana.
Assim, a preocupação com o impacto ambiental de todas as atividades humanas em geral e da moradia e urbanidade em particular é extremamente saudável.
Se balisarmos a extraordinária capacidade do "cerumano" de modificar a paisagem/geografia/ambiente a seu redor com os princípios da preocupação ambiental, talvez tenhamos uma chance de viver um pouco mais do que um segundo na escala do calendário da vida nesse planetinha.

Arquitetura Sustentável


Temos utilizado a palavra Sustentabilidade de maneira comum e por vezes sem sentido.

O conceito de desenvolvimento sustentável vem sido discutido há décadas, quando tomamos consciência que a natureza de recursos “intermináveis” não era tão infinita assim.

A retirada desses recursos naturais está cada vez mais acelerada, não tem dado tempo para a regeneração e compensação do material tirado, deixando, para as gerações seguintes, suas seqüelas.

A revolução industrial teve sua participação neste processo, a produção artesanal, que atendia a demanda da sociedade no passado, passou para produção em massa em escala industrial.
A necessidade de reposição de matéria prima se tornou voraz, numa velocidade assustadora e a mudança no comportamento humano que passou a “necessitar” de mais bens de consumo, deu uma alavancada no processo construtivo industrial.
O consumismo do sistema capitalista provocou uma demanda na produção de bens nunca antes visto.
Na construção civil temos o impacto causado com o aumento populacional urbano e a carência de unidades habitacionais, provocado por uma nova forma de viver urbana com novos serviços e nova demanda.
O método construtivo para atender essa necessidade priorizava a relação economia do custo construtivo e a velocidade de entrega da unidade.
Tivemos assim exemplos de assentamentos habitacionais de variáveis padrões. Todos se justiçavam por um aproveitamento máximo da área do terreno e dimensões mínimas necessárias para seu uso.
Conceitos como: uso de energia, consumo de água, ventilação, insolação eram por vezes deixados em segundo plano. Para que se preocupar com isso se tinha a nossa disposição a energia elétrica, equipamentos de refrigeração, água encanada ( e nossos rios e mares como esgotos públicos) , etc.

ELKA



Vamos observar a Cidade como elemento importante na formação da Sociedade em que nela se encontra,
onde cada ser humano em seu sentido a elege como Cidade fundamental,
aquela que, simbolicamente,
ele a interpreta muito além dos aspectos construídos,
dos aspectos econômicos e formadores dos espaços,
ele a olha como reflexo dele,
e a leva em si durante sua vida como algo estruturante da sua própria identidade.

A Arquitetura e sua Prática

Saber o sentido da Arquitetura é tema muito discutido e com diferentes posições:

funcionalista, formalista, sustentável....

Enfim, arquitetura tem um sentido muito amplo.

Nós "arquitetos" (entre aspas para ser geral) entramos numa universidade e passamos alguns anos estudando teoria sobre arquitetura e urbanismo, a história das manifestações arquitetônicas nos diversos período da evolução humana, estudamos as formas, os sentidos, os materiais e seus comportamentos, as condições de conforto termico e acústico, o comportamento das estruturas (até como calculá-las)...etc.

Com diplomas nas mãos , somos arquitetos.
O que é ser arquiteto?

Arquitetura não é só forma e função;
é técnica (uso dos materiais),
é física (comportamento estático e esforços),
é sociologia/psicologia (para quem se esta projetando),
é química (comportamento dos materiais entre si),
é história (um espaço arquitetônico tem sua identidade, sua época, seu uso...)
é matemática (gabaritos e cotas são imprescindíveis para execução)



Ser Arquiteto é ser multidisciplinar na elaboração do projeto, ter em mente que profissionais de diversas formações irão compartilhar do resultado da obra.

Ser humilde, pois arquiteto é o criador da idéia que vai precisar de muitos outros a trabalharem com ele.

Sobre o curso de Direito....
já imaginou como arquitetura e urbanismo está envolvida com análise jurídica do direito à terra, ao lote, as leis de uso e ocupação? leis sendo estudadas como outorga onerosa,etc.

Arquitetos olhemos a Arquitetura como uma profissão vasta,
interessante,
multi,
tecnica,
exata,
subjetiva também,
ela é física e imaginário.